sábado, 25 de setembro de 2010

O Diabo Veste Prada



O filme poderia ser facilmente confundido com aquele velho clichê, que se baseia na história de uma jovem universitária recém-formada que cai de pára-quedas em uma grande empresa – no caso do filme, na maior e mais influente revista de moda contemporânea – e que por ser inexperiente e ingênua sofre com os caprichos e exigências de sua chefe que é descrita como o capeta em forma de mulher.

A meu ver, o filme vai além desta historinha de gata borralheira e bruxa malvada, ele consegue discutir a relação do ser humano dentro de um ambiente adverso, e como mesmo consegue se adaptar ao meio. Mas, para que essa adaptação aconteça é necessário fazer concessões, e abrir mão de certos “princípios e costumes”, porque na vida real não existe nem mocinho nem vilão, nem herói nem bandido, existem sim, dois lados distintos, cada um defendendo seu ponto de vista e seus próprios interesses, mas a verdade é que a linha que separa o certo e o errado, se é que existe, é muito tênue.

O filme seria quase irresistível se não pecasse no final com aquele ataque repentino de moralismo, entretanto o filme é um bom programa e conta com grandes atrizes como Meryl Streep (esbanjando elegância como sempre) e Anne Hathaway.

PS.: O filme é baseado no livro de mesmo nome, entretanto é um daqueles casos raríssimos em que o filme é melhor que o livro, por ser mais dinâmico e engraçado.

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